terça-feira, 9 de agosto de 2011

Deputado Luiz Fernando (PP/MG) mostra confiança no futuro da cidade

Em entrevista coletiva, parlamentar fala sobre trabalho na CME, sobre a situação de Santos Dumont e sobre polêmica matéria da revista ‘Isto É’

O deputado Luiz Fernando Faria (PP/MG) concedeu uma entrevista coletiva à imprensa escrita sandumonense no último final de semana, quando respondeu a perguntas sobre diversos assuntos relacionados à sua atividade parlamentar em Brasília.
Representante de Santos Dumont no Congresso Nacional, Luiz Fernando abordou assuntos sobre a atual situação do município, sobre seus trabalhos na presidência da Comissão de Minas e Energia e não fugiu da polêmica instalada na cidade após matéria veiculada na revista ‘Isto é’, com denúncias relativas ao Ministério das Cidades, ocupado por um integrante de seu partido, o PP.
A seguir, a entrevista na íntegra:

P – Deputado, como senhor analisa sua atuação como representante do município de Santos Dumont nos últimos anos?

R – Desde que decidi entrar na vida pública tinha como propósito colaborar para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da população sandumonense, e é isso que tenho procurado fazer nos últimos 15 anos.
Santos Dumont ficou muitos anos sem ter um representante político de peso junto aos governo Estadual e Federal, e após nossa eleição a deputado estadual, iniciamos um trabalho sério, transparente e ético buscando angariar prestígio e conhecimentos que pudessem ser traduzidos em benefícios para as cidades que represento, especialmente Santos Dumont.
Tenho convicção que nesta caminhada já pude conseguir ajudar muito nossa cidade, e para exemplificar isso, basta olhar para trás e listar os inúmeros benefícios que Santos Dumont e região tiveram à partir do momento que passou a ser representada na capital do estado, e depois, na capital Federal.
Conseguimos calçar, asfaltar e dotar de infra-estrutura inúmeras ruas, nos mais diversos bairros do município; ajudamos todas as entidades beneficentes estabelecidas em Santos Dumont e continuamos a destinar recursos para elas, como fizemos com a APAE a menos de 30 dias; todas as escolas estaduais do município, que ficaram anos sem receber melhorias, foram beneficiadas com recursos para reformas, compra de equipamentos ou expansão; conseguimos grandes obras para o município, como a construção do CAIC, no Córrego do Ouro; a abertura da Estrada do Contorno, ligando a BR-040 à estrada de Cabangu; a construção do Distrito Industrial, que finalmente está perto de ser liberado; entre outras conquistas, que não vamos aqui listar uma a uma.
Mas a população tem a exata noção do que mudou com a cidade e região após a eleição de um sandumonense como deputado. Vale lembrar a ligação com asfalto das cidades e Aracitaba e Oliveira Fortes à BR-040, que após anos de promessas e decepções, conseguimos colocar como prioridade junto ao governo estadual e hoje é uma realidade que beneficia toda a região.
Mas não podemos nos iludir e sei que muito ainda precisa ser feito. Tenho convicção de que nossa cidade precisa de muitos investimentos, e hoje tenho totais condições de contribuir para viabilizar estes recursos.
Todos sabem que fui candidato a prefeito em 1996, e que após isso assumi uma cadeira na Assembléia de Minas. Após esta eleição, nunca encontrei um cenário totalmente favorável na prefeitura de Santos Dumont para que pudéssemos destinar os recursos necessários para o desenvolvimento da cidade.
Nas duas últimas eleições, por uma série de motivos, não tivemos candidato a prefeito no município, mas agora não podemos mais adiar uma decisão definitiva para Santos Dumont. Vamos ter candidatura própria a prefeito, e se a população entender que esta será uma oportunidade única de mudar a maneira de se administrar a cidade, com certeza poderemos transformar a cidade de Santos Dumont.
Hoje no Brasil não faltam recursos para obras de infra-estrutura, para investimentos na saúde, educação, cultura e lazer, mas para que estes investimentos cheguem aos municípios, é indispensável a apresentação de bons projetos, elaborados por uma equipe qualificada, como também devem ser qualificadas as pessoas que vão acompanhar a aplicação destes recursos.

P – No atual governo o senhor conseguiu empregar algum recurso na cidade?

R – Todos sabem que o atual prefeito pertence a uma corrente contrária à nossa, mas sempre tivemos um relacionamento cordial. Entretanto, por motivos diversos, não consegui firmar com o atual governo a parceria que a cidade precisa. Posso citar como exemplo as duas últimas verbas destinadas por mim para Santos Dumont.
A primeira, no valor total de R$ 887.311,40, destinada ao asfaltamento de ruas nos bairros Graminha, Flores, Nossa Senhora Aparecida e Córrego do Ouro, foi empenhada em 2008, e do valor total o Governo Federal só pagou pouco mais de 20%. O motivo foi faltar a liberação da Caixa para a continuação das obras, já que o asfaltamento no bairro Flores apresentou algum problema técnico. O governo está esperando a correção deste problema para retomar a liberação dos recursos.
A segunda verba, no valor de 700 mil, foi empenhada em 2009 e destina-se ao asfaltamento da avenida presidente Castelo Branco, no bairro de Fátima. Após uma longa espera, a prefeitura apresentou o necessário projeto e iniciou as obras. Aí aconteceu o que todo o país acompanhou, que foi o bloqueio do pagamento das emendas parlamentares pela presidente Dilma, assim que ela assumiu o Governo.
Em junho, quando a presidente liberou um grande lote de emenda, estive com o Ministro das Cidades e ele iria liberar os recursos para Santos Dumont, mas a medição desta obra não constava no sistema. Esta medição só foi aprovada dias depois, quando novamente o pagamento das emendas estava bloqueado. Já tenho a garantia do Ministério de que a atual mediação será paga nos próximos dias, mas é um valor muito pequeno, menos de 60 mil reais, e medições deste porte atrasam muito o cronograma das obras.
De qualquer forma, estes recursos estão garantidos e deve sair nos próximos dias.

P – Sobre a eleição de 2012 o sr.  já antecipou que terá candidato a prefeito. O nome escolhido é mesmo o de seu irmão, Bebeto? E o vice, já tem algum nome definido?

R – Como antecipei, não podemos mais esperar para mudarmos a situação do município. Vamos lançar candidatura a prefeito em 2012, e inicialmente o nome escolhido é o do meu irmão Bebeto Faria, que conta com o apoio e a simpatia da maioria de nossos correligionários, além de estar recebendo uma boa aceitação da população.
Tenho total confiança em sua capacidade e convicção que se ele for eleito, faremos uma parceria de sucesso e juntos faremos uma administração que vai entrar para a história do município.
Sobre a questão do candidato a vice, ainda não temos nada definido. Temos vários companheiros com capacidade e que seriam excelentes opções para compor a chapa, mas não podemos também descartar alianças que visem beneficiar o município.
De qualquer forma, esta é uma decisão que tomaremos em conjunto com nossos companheiros, mas só no momento certo, mais próximo da eleição no ano que vem.

P – O sr. citou o distrito industrial como uma de suas conquistas para a cidade, mas até hoje ele encontra-se parado. Como este distrito poderia ser utilizado de forma efetiva para contribuir para o desenvolvimento da cidade?

R – O distrito industrial foi construído numa parceria do Governo de Minas com a Prefeitura. O governo entraria com os investimentos, e em contrapartida, a prefeitura doaria o terreno e seria a responsável pelo licenciamento ambiental. Esta segunda parte não foi cumprida, e o distrito foi embargado pelos órgãos competentes.
Esta estória de que lá não é o local adequado para se instalar indústria não procede. Temos muitos tipos de empresas que podem ser instaladas naquele local sem gerar qualquer tipo de resíduo líquido ou mesmo gasoso, e agora, com a liberação ambiental do local após o Governo de Minas assumir também esta obrigação, estamos trabalhando para atrair para Santos Dumont uma empresa de médio para grande porte que gere emprego e renda para nossa população.
Tenho acompanhado o trabalho dos integrantes do Fórum de Desenvolvimento de Santos Dumont, trabalho elogiável e que certamente vai contribuir muito para atingirmos este objetivo, e já tive diversas conversas com o governador Anastasia e com a secretária de Desenvolvimento do Estado, Dorethéa Werneck, que se comprometeram a trabalhar unidos conosco em busca deste investimento.
Acredito que a hora é agora, aproveitando este apoio incondicional que o governo de Minas está dando para o desenvolvimento da Zona da Mata. É através dos investimentos milionários que estão sendo feitos em Juiz de Fora que acredito que conseguiremos uma grande empresa para se instalar também em Santos Dumont.

P – Como tem sido sua atuação na presidência da Comissão de Minas e Energia, uma das mais importantes do Congresso?

R – É com muito orgulho que ocupo este importante cargo pela segunda vez, e com muito trabalho, tenho dado minha parcela de contribuição para o país na discussão de importantes pontos da nossa economia, que atingem diretamente a população.
Este ano, estamos debatendo pontos fundamentais para o desenvolvimento do país, como a questão da desoneração da carga tributária do setor produtivo e do setor energético, a mudança na tabela dos royalties do minério e a questão do etanol, combustível que é visto pelo mundo como um dos mais corretos em termos ambientais e no qual o Brasil é pioneiro, mas que atualmente não tem sido atrativo para os consumidores.
Estes são temas complexos que requerem muitos estudos, discussões e decisões acertadas, exatamente para que beneficiem a economia brasileira, e indiretamente, a população como um todo.
Trata-se de um cargo que exige muita dedicação, comprometimento e responsabilidade, mas que também nos dá a oportunidade de participar de forma efetiva de decisões importantes para todo o país.

P – Na última semana, uma reportagem da revista ‘Isto É’ com denúncias de corrupção no Ministério das Cidades circularam na cidade. No final desta reportagem, seu nome apareceu como recebedor de doações de empreiteiras.
O sr. pode explicar esta situação?

R – Olha, eu nem queria abordar esta questão, mas como vocês tocaram no assunto, é bom esclarecermos de fato esta reportagem.
As pessoas que leram a reportagem e se preocuparam em entender seu conteúdo puderam constatar que meu nome não aparece em nenhuma denúncia de corrupção, desvio de recursos ou mesmo na indicação de funcionários que estejam sendo investigados, até porque a data dos contratos citados na matéria são de 1999, quando eu nem era deputado federal ainda.
Meu nome apareceu numa lista que cita parlamentares do partido que receberam doações para a campanha eleitoral de 2010, e estes dados são públicos e foram tirados do site do TRE. É bom frisar que estas doações são legais, cumpriram rigorosamente ao disposto na legislação eleitoral e que minhas contas foram todas aprovadas, sem nenhuma ressalva.
Além do mais, as denúncias contra o Ministério, que volto a afirmar, não envolvem meu nome e não atingem nem mesmo o atual ministro, que está no cargo a apenas 6 meses, enquanto que as denúncias são relativas a problemas encontrados no ministério há mais de 10 anos.
Volto a afirmar que tenho pautado minha vida pública dentro da lisura, da honestidade e do trabalho, e que tenho muito orgulho de não ver meu nome envolvido em nenhum escândalo de corrupção, o que infelizmente vem se tornando um fato corriqueiro no noticiário nacional.
Os sandumonenses, aos quais me sinto na obrigação de sempre prestar conta do meu trabalho, podem ficar tranqüilos de que não tenho meu nome envolvido em nada que poderia decepcioná-los.

P – Gostaria de deixar alguma mensagem final aos sandumonenses?

R – A mensagem que gostaria de deixar é de otimismo, de que estamos no caminho certo para em breve podermos efetivamente colocar Santos Dumont no caminho do progresso e do desenvolvimento.
Confio muito na independência e na capacidade de discernimento do povo sandumonense, que vai saber, na hora certa, optar pelo melhor para a nossa cidade, que não pode mais perder tempo à espera de um milagre que mude o rumo das coisas.
Precisamos é de comprometimento, trabalho, competência e apoio político, e isso tenho certeza de que poderemos oferecer para nossa população, para que em parceria com cada cidadão, possamos fazer de Santos Dumont a cidade que sempre sonhamos.
Um abraço à todos.
Fonte: Jornal Mensagem - Santos Dumont/MG

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